Um corpo negro, feminino e gordo no mundo


Quais são as histórias que os nossos corpos têm para contar?

Acreditamos que o nosso corpo é território político e que através dele podemos contar as nossas histórias, de onde viemos e para onde queremos ir e fazer dele um campo de batalha, onde opressões, intolerâncias e violências simbólicas ou físicas não serão mais aceitas.

Partimos do corpo da mulher negra, de seus diferentes tons, suas diferentes texturas, diferentes formas e curvas. Seguimos com a vontade de ressignificar o corpo da mulher que é negra, e que também é gorda, e resolve em um determinado momento da história se aceitar e se amar assim: negra e gorda.

Avançamos nesse campo de batalha onde esse corpo é quase sempre exposto, mal visto e tido como indesejado, como se fosse um erro ser negra e gorda numa sociedade limitada, onde o certo seria ser branca e magra, porém não somos moças “certas”, não mais!

Derrubamos antigos estereótipos quando essas mulheres resolvem dar força para outras mulheres semelhantes, mas que ainda não conseguem enxergar a beleza que seus corpos, tidos como imperfeitos, carregam.

Corpos negros, que carregam força vital, força essa ancestral, que cruzou os mares e resistiu por séculos de opressão. E ainda resiste. O nosso corpo é a nossa casa, onde a nossa beleza é amor, e deve fazer morada.

Não pediremos mais desculpas por sermos o que somos e nem modificaremos ou sacrificaremos nossos corpos por imposições de uma sociedade sufocante.  Apenas seremos o que nascemos para ser, sem culpas e sem mais sofrimentos. Criaremos as nossas próprias histórias, ocuparemos espaços que nos são negados e criaremos outros espaços sempre que preciso for.

Para adornar em beleza curvilínea e ilustrar essa transformação elegemos Jéssica Ipólito, moça com curvas, dobrinhas e cores que contam histórias dela e de suas semelhantes, mulheres-baobá!

O ensaio foi realizado na sede das Capulanas Cia de Arte Negra, mulheres negras que nos receberam de coração quente, as fotos-afeto são de Alile Dara Onawale e Renata Martins, produção e carinho por Débora Marçal, tratamento das fotos por Nina Vieira e Alile Dara e texto por Hanayrá Negreiros.

Outras mulheres contribuíram para o projeto, o nosso agradecimento a todas as rainhas.

Axé

Por Renata Martins

Por Renata Martins

Por Renata Martins

Por Renata Martins

Por Renata Martins

Por Renata Martins

Por Renata Martins

Por Renata Martins

Por Renata Martins

Por Renata Martins

Por Renata Martins

Por Renata Martins

 

Por Alile Dara Onawale

Por Alile Dara Onawale

Por Alile Dara Onawale

Por Alile Dara Onawale

Por Alile Dara Onawale

Por Alile Dara Onawale

Por Alile Dara Onawale

Por Alile Dara Onawale

Por Alile Dara Onawale

Por Alile Dara Onawale

Por Alile Dara Onawale

Por Alile Dara Onawale

7 Comments

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  1. 4
    Pamela Cardoso Esterque Baptista

    Adorei, de verdade!!! Parabéns pela arte, que por sinal é belíssima, e mais do que isso, parabéns por se aceitar como a mulher que é, gorda e negra. E mais uma vez, parabéns, por expor isso ao mundo. Com o tempo teremos uma maior aceitação do corpo femino, bem assim, jeitinho que ele realmente é.
    Parabéns!!!! E parabéns novamente!!!
    Orgulhosa e inspirada por saber que existem mulheres como você, grande abraço!!!

  2. 5
    Fernanda Moreira

    Me coloquei numa redoma e me escondi por ser gorda, ouvi coisas desagradáveis por ser negra e gorda, o que já foi motivo suficiente para eu me esconder ainda mais qdo me aceitei e me assumi sapatão. Cara teu blog e agora tuas fotos iluminaram meu caminho e quebraram as paredes da minja redoma.
    Cara, obrigada por existir.

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