A gorda que se acha gostosa


O título desse texto foi exatamente um comentário dentre os milhares que eu recebi ao postar uma foto minha na minha página do facebook. Comentários maldosos, raivosos, de ódio mesmo, sabe? Uma gorda que se acha gostosa incomoda muita gente! Eu já sabia disso porque, cotidianamente, vivencio diversas formas de ataque contra minha existência. Aí dessa vez foi um ataque organizado, em massa, de maioria homens que se sentiram super a vontade em escrever o quanto eles tinham nojo e repulsa de uma mulher gorda e negra que expunha seu corpo sem problema algum. Eu preciso confessar que no dia que rolou tudo isso, eu  estava super bem. Tinha ido assistir ao ensaio do bloco Ilú Obá de Min no Vale do Anhangabaú, depois fui tomar um sorvetinho maroto e depois voltei pra assistir a apresentação do Ilú numa praça ali próximo do vale também. Encontrei amigas, conheci outras minas maravilhosas no rolê, fomos formando nosso bonde e garantindo nossa diversão e segurança por conta própria, porque os homens… Ah os homens, eles não nos deixam em paz em nenhum lugar! Aí quando chego em casa pensando que estava tudo bem, porque até então, estava! Me deparo com muitas mensagens no meu inbox, mensagens de apoio, muito lindas e emocionantes. Eu achei estranho tudo aquilo, não entendi… Até que fui ver o que tava rolando. Nessa altura do campeonato de escrotidão, minha foto já tava com mais de 4 mil comentários de odiadores, 400 e tantos compartilhamentos, onde eles  tripudiavam gratuitamente sobre mim! Uow, que susto! Aquilo tudo foi pesado demais, e olha que não foi a primeira vez que isso acontece comigo. No instagram também rolaram ofensas quando postei essa mesma foto, mas eram coisas que até dava pra dialogar com as pessoas e tal… Mas no facebook o negócio desceu num nível que eu realmente não achava que fosse possível, mas os homens novamente me fizeram enxergar toda cultura de ódio bem exposta e nítida que eles tanto se vangloriam de cultuar entre os seus. Não foi legal, eu fiquei desesperada sem saber o que fazer… Consegui bloquear meu perfil para comentários de fora só depois que uma amiga mandou o link de um tutorial porque eu não fazia ideia de como mexer naquilo e impedir que eles continuassem! Primeiro eu mudei a privacidade da minha foto, daí eles foram comentar no post seguinte, as mesmas porcarias que estavam comentando antes. Aí depois eu consegui finalmente bloquear meu perfil pra que ninguém que não estivesse adicionado, comentasse. Que alívio! Mas eu não sabia o que fazer com tudo aquilo… Teve uma vez quando isso rolou que eu apaguei os comentários, bloqueei todos os caras. Demorei horas, mas consegui. Dessa vez eles eram em milhares, não tinha como. Até hoje não consegui chegar ao primeiro comentário, onde tudo isso começou… Meu computador trava, não carrega mais do que 700 comentários. Uma amiga me ajudou a printar a maioria dos comentários porque eu não dava conta, nem meu computador. Não consegui dormir naquele dia… Fiz uma publicação pequena antes de parar de acessar meu facebook. Não deu muito tempo e eu já fiquei bloqueada. Além de toda zorra que fizeram, eles saíram denunciando minhas fotos, incluindo foto  com meu cachorro, afim de que o facebook me bloqueasse. E assim ele o fez. Me bloqueou por 3 dias, incluindo o inbox. Não posso me comunicar com ninguém por lá.  Até tenho um outro perfil que fiz pra momentos como este, mas que sinceramente, eu estava meio que sem coragem de ficar muito tempo por lá…. Me causou um desgaste emocional tremendo, sabe… Não é que eles me derrubaram, só me cansaram, sabe? É chato isso. É uó! São uns pentelhos que te vencem pelo cansaço, isto se você tiver forte suficiente pra não se deixar abater. Felizmente eu estava, ainda estou, é verdade. Depois desse ocorrido, muitas pessoas manifestaram apoio e repúdio à esses ataques, me mandaram mensagens lindas de força e superação, algo que eu serei grata eternamente porque em momentos assim é muito importante sabermos que não estamos sozinha, sabe?! E foi isso que me deu um gás pra no outro dia acordar melhor, mesmo me mantendo em silêncio na conta que tá liberada, eu fui passando por um processo de recuperação… Até que hoje eu estou bem, definitivamente, pra terminar esse texto que comecei ontem (26).

a foto que causou incomodo

a foto que causou incomodo

 

De tudo que rolou, emergiu certas feridas que eu sempre deixei de lado sem cuidar, achando que elas cicatrizariam sozinhas. Mas não é bem assim. Eu tenho dificuldades em lidar com as consequências que a exposição na internet me trás. Eu não sou de falar das bads que minhas posturas políticas acarretam mas hoje eu percebo que preciso muito falar sobre elas. É todo um conjunto muito maior que faz com que eu hora ache legal tudo isso, hora me sinta vulnerável  e queira me esconder. Sendo sincera, isso acontece mesmo… Eu ainda não aprendi a lidar com isso internamente, mas venho tentando a cada dia… Um passo de cada vez.  Não é simples, tampouco fácil, compreender que eu reproduzo a lógica de interagir socialmente como aquela que é forte, segura, decidida e corajosa, não importa em qual circunstância. Perceber que não me permito se quer dar brecha pra enxergar&reconhecer minhas fraquezas, meus medos, minhas frustrações é horrível.  É terrível me ver passar em cima da minha humanidade porque existe esse modo automático que vem desde minhas ancestrais africanas, obrigadas a carregar o fardo todo sozinhas a tal ponto de esquecerem de si mesmas em detrimento dos outros. E cá estou eu tendo de me convencer de que não tenho que dar conta de tudo, e que aliás, NINGUÉM TEM, sobretudo nós mulheres negras. E cá estou eu tendo de olhar para minhas feridas, encara-las de frente e perceber que se não for assim, muita coisa vai passar por cima mas nada será suficiente para servir de cicatrizante. Nada do que eu fale como feminista vai ser suficiente pra curar essas feridas, porque são internas, são pequenas porções de rasgos feitos por esses poucos anos que eu carrego, mas que já causam um imenso estrago pelo fato de não serem tratados de uma forma atenciosa, cuidadosa e verdadeira – e merecida! E esse tipo de ataque, mesmo que virtual, despertou esse monte de coisa em mim. Me despertou também pra um lado que eu pouco lembro de olhar: o lado fraco, o lado da covarde que  já teve vontade de sumir sem deixar vestígios, o lado da que queria gritar feito louca de raiva. O lado da insegurança também, não com meu corpo, mas com o que a minha mente tava processando diante de todos aqueles comentários. O lado do reconhecimento pelas coisas que faço, que produzo. Ah… se reconhecer, se valorizar, se aplaudir é tão difícil, parece que não mereço, sabe? Que ainda não fiz o suficiente pra me orgulhar. Esse lado, o fatídico. Diante disso tudo, eu agora só tenho como agradecer à todas as pessoas que me mandaram mensagens de apoio e carinho, dos textos que saíram a partir desse ocorrido, das pessoas que vieram falar comigo e oferecer ajuda de alguma forma. Pra maioria delas eu respondi que já estava tudo bem, mesmo não estando, e peço desculpas… Mas é ainda o único modo que eu tenho de reagir e  superar tudo isso, e agora com o plus de remexer minhas feridas internas e pensar bastante no que me serve e no que não me serve mais… Ir me desfazendo de todos esses fardos que eu carrego sozinha, distribuir pra quem quiser me ajudar a carregar mesmo, acabar com os receios e medos e me compreender de verdade. Compreensão esta que eu tenho agora, onde não me arrependo de ter publicado a foto que publiquei. Não me arrependo de usar meu corpo como escudo político contra essas merdas fascistas e racistas que diariamente somos alvos. Realmente, o pessoal é político, o lance pra mim é ficar tranquila quanto a isso… E eu, de verdade, estou me aconchegando na tranquilidade de ser. Não vai ser a última vez que eu vou expor meu corpo como forma de protesto. Não vai ser a última vez que vou receber xingamentos e ataques de ódio. Não vai ser. Diariamente eu recebo coisas bem piores do que comentários no facebook. Eu recebo um NÃO a cada porta que eu bato pra procurar emprego, por exemplo. E isso é o pior porque me impede de ter subsistência, de ter alguma qualidade de vida, de ter algum conforto bem básico… Eu recebo limitações de espaços porque o meu tamanho não é o correto, então, vão me cercear a liberdade de ir e vir.  Nisso tudo, eu também compreendo e me solidarizo junto das que recebem os mesmos impedimentos e, até maiores que os meus, diariamente. É uma merda, sabe! Uma mana travesti poderia falar melhor sobre essa questão, tenho certeza.

Acontece que não estou sozinha nessa. Aconteceu comigo e pode acontecer com outra mana que resolver postar uma foto semi nua na internet, porque mulheres amando seus corpos é um verdadeiro ataque ao patriarcado&CIA, prova disso são esses homens se rebelando com tamanha voracidade afim de destruir nossa auto-estima, como se já não bastasse uma sociedade todinha moldada pra fazer isso.  E porque hoje nós temos que ser nossa própria fonte de empoderamento? Porque existe uma mídia (uma cultura!) que não está preocupada em se desfazer dos racismos múltiplos que carrega, nem dos estereótipos de pessoas que usam pra deturpar imagens, definhar auto-estimas e lucrar, entendam: L U C R A R sob nossos corpos fazendo-os adoecer compulsoriamente. A indústria farmacêutica lucra milhões com mulheres depressivas, com mulheres que buscam incessantemente se encaixar no padrão inalcançável de beleza eurocentrica. Padrão esse que não existe materialmente, e nada que fizermos vai ser suficiente para agradar, sempre estaremos em débito até que nossa morte seja decretada. É isso que querem no fim das contas, mulheres silenciadas, culpabilizadas, estancadas pela ideia de beleza que só existe pra gerar lucro. Então, me coloco de peito aberto e sem medo pra ser essa que vai puxar outras mulheres a se amarem, a se deliciarem com seus próprios corpos, a se descobrirem tão lindas e tão cheias de energia vital que ninguém será capaz de derrubá-las. Por onde eu passar, servirei com gosto de instrumento político para me somar às outras, dar a mão, ou um abraço, e fazer com que cada uma possa ser um corpo político também, de embate e combate, de consciência do que representa e do que pode impulsionar no mundo. Num movimento interssecional, que vai arrastar à todas as mulheres, oferecendo a compreensão de que cada uma possui especifidades mas que podemos SIM estar unidas nas diferenças e promover uma revolução que venha de dentro, que venha do nosso bem-estar íntimo, psíquico, estabelecendo uma relação de afeto que começa em nós mesmas… Porque se não for assim, fica difícil ir pra luta armada se sentindo um lixo por dentro. Não duraremos muito nesses termos. E acabamos por alimentar as mesmas engrenagens que nos matam. Quando escrevi que cada uma tem a chave para a própria revolução, frase que não é minha (é da Krista Smith, que eu não conheço), foi nesse sentido de dizer que nós temos sim o poder de reconhecer a beleza que há em nossas peles, em cada osso e músculo que compõe nosso corpo articulado, em cada traço que forma a beleza a única que habita em nós. Tá dentro da gente, em mais ninguém! Se a gente se descobre, o mundo também descobre isso porque externalizamos nossa satisfação própria, nosso amor próprio em viver num corpo que é pleno, que é cuidado, que é desejado aos nossos próprios olhos, que é valorizado e celebrado. Isso pra mim é uma revolução que desencadeia uma série de coisas a nos fortalecer no dia a dia.  E é isso que precisamos, uma dose diária e permanente de auto-amor . E quando essa dose não for suficiente, teremos umas às outras pra servir de fonte fértil a se beber… E assim um efeito dominó positivo acontece, derrubando nossas peças de inseguranças, nóias, traumas; relembrando as feridas que precisam ser cuidadas, mostrando que não somos tão fortes assim e que tudo bem porque tem outra mana ali que me dá apoio e força pra chegar no dia seguinte e assim, sucessivamente.  Até a gente dominar a porra toda!

E a gorda que se acha gostosa deixa mil beijos pra quem acompanha esse blog, pra quem hoje se amou em frente ao espelho, pra quem já começou a se perceber linda. Não olhar pra trás, não retroceder: PERMANECER e  RESISTIR!

Força pra nós, manas <3

Deixo aqui pra finalizar lindamente, uma arte-poesia da Anna Claudia Magalhães.

 

 

by Anna Claudia Magalhães

by Anna Claudia Magalhães

 

O preconceito
Esse estranho ódio descontrolado
É como um bicho
Um inseto inconveniente
Ele está por aí
Entra em nossas telas, casas e corpos sem ser convidado
Ele quer que a gente acredite que nós não somos ninguém
Ele quer nos obrigar a aceitar seus socos e pontapés
Caladas
Amordaçadas
Ele se desespera quando percebe
O levante
O grito
A união
Das mulheres-luz
Aquelas que não se deixam cegar por suas idéias cheias de escuridão
Ele usa dos argumentos mais vazios, cruéis e infantis
Para demonstrar seu descontentamento sem sentido
Há algum sentido em condenar a felicidade, a beleza e o grito pela justiça?
O preconceito é burro
Nunca se auto analisa
Nunca pensa porque tanta coisa o incomoda
Não se questiona
Não cresce
Não evolui
Não muda
As vezes se disfarça
Mas logo aparece
Mostra a cara
E ele é inconfundível
Feio
Cafona
Mesmo assim tem muitos devotos
Mas todos desinformados
Mal amados
O preconceito jamais terá força
Porque é covarde
É como um cão que não para de latir atrás de uma grade
Olho para ele…
Coitado!
Não aguenta uma afronta
Não aguenta uma foto!
Ele gosta de me acusar de
Vítima
Briguenta
Louca
E eu apenas o observo do lado de fora
Ele sim é uma vítima
Quem sente pena dele sou eu!
Por isso não o provoco
Apenas existo
Quando posso converso
Quando não posso
Debocho
As vezes simplesmente ignoro
Mas ele insiste em falar de mim
De nós
Porque sabe que agora já não pode mais acabar com o que nos foi despertado quando descobrimos que éramos melhores
Maiores
O preconceito jamais vencerá a nossa capacidade de amar as diferenças lutando pela igualdade

Acompanhe esses textos também!
(+) Nota de apoio das Mulheres Negras em Rede 

(+)  Um corpo gordo contra um secto de ignorantes – Blogueiras Negras 

(+) Violência online é uma forma de silenciamento – Ativismo de Sofá 

(+) A mera existência é subversiva – Gizelli Souza 

(+) Nota de apoio do Collant sem decote – no facebook

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(eu sou MAIS UMA gorda que se acha gostosa mesmo, bj haters!)

27 Comments

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  1. 1
    Beatriz Lobato

    <3
    Pessoas como você inspiram milhares de pessoas a continuar nossas pequenas lutas diárias.
    O nosso corpo não existe para agrada homem. Não existe para agradar ninguém.
    Você é forte. E fraca também. Mas não deixou a fraqueza vencer. Parabéns

  2. 2
    Letícia

    Jess, eu te admiro demais demais demais. Essa foto ficou linda, assim como todas que vc posta. Seu corpo é lindo e vc é uma pessoa maravilhosa, que apesar de eu não conhecer pessoalmente, tudo que vc escreve eu fico boquiaberta, vc tem muito talento, mulher! Oq fizeram foi ridículo, se fosse cmg eu nem sei como reagiria…mas que bom que nessa onda de bosta tb tiveram pessoas q te apoiaram. Um graaande mega super abraço!

  3. 6
    Maria Eugenia

    Que triste isso! Já tive vontade de me desprender de algumas amarras machistas das quais eu e muitas mulheres são reféns. Mais não sou forte o suficiente para isso, e é por isso que eu te admiro mulher. Você inspira, você encoraja, você nos defende. Sabe, eu nunca fui homofóbica, nunca odiei ou deixei de falar com alguém pelo fato de a pessoa ser gay. Mais dentro de mim havia um sentimento estranho com relação aos gays, ele ainda está por aqui, mais tenho lutado para vencer esse sentimento que colocaram no meu coração desde que me entendo por gente.
    Queria dizer que você é incrível, e tem me ajudado a aprender a amar meu corpo como ele é. Obrigada querida!

  4. 7
    Luciana

    As primeiras fotos voce tapava os mamilos. Ja ia perguntar porque voce queria esconde-los? Mas, depois voce mostrou nas outras fotos. Eu sou mulher tb e nao estou fazendo cantada. Apenas te elogiando. Mas, que mamilos lindos. Ainda bem que voce nao escondeu. Ai meu Deus! Nao vou falar outras coisas que nao quero parecer que estou te assediando. Mas, tenho vontade de fazer sugestoes para futuras fotos e videos para voce arrasar mais. So vou falar se voce me der permissao.

  5. 8
    Si

    Poderia falar que pessoas como vc inspiram outras pessoas… Mas serei um pouco mais pessoal, pessoa como VC, me inspira (ainda que timidamente). Foco sempre, vc não está só.

  6. 9
    Marina Bonfim

    Nossa, realmente foi encorajador ler tudo isso. Você tem uma força tão grande, que inspira. Vejo as suas fotos, e penso em mim, como eu sou, do jeito que sou… e não tenho coragem de fazer nem um pingo do que você faz. É difícil. Às vezes você só quer si esconder, ficar dentro de casa pra ninguém saber que você existe. E outras vezes você quer sair, si mostrar, mostra que você existe e quem você é. Essas oscilações de auto-estima fazem parte da minha vida, e de quem eu sou. Todo o dia é uma batalha, é uma nova chance, é um novo , ano novo pra recomeçar e seguir em frente. Passo o meu batom roxo, e me sinto poderosa, me olho no espelho e digo que sou linda, do jeito quem sou. Do jeito que é bom pra mim. Nem sempre dá certo, nem sempre eu consigo, mas às vezes dá. Sei que eu tenho capacidade, e eu acredito em mim. Ler este texto foi ótimo, e você é dimais. Tamo junto, e não desista de acreditar em você. Bjss.

  7. 10
    Andressa

    Estou emocionada com seu texto! Parabéns pela força, coragem, luta…uma inspiração para mim e outras que sofrem com frequência agressões machistas.

  8. 16
    Gabriely

    É um absurdo que ainda existam casos assim no século que estamos, mas infelizmente, é um absurdo real. Pois como você disse, mulheres amando seus corpos é um verdadeiro ataque ao patriarcado&CIA. Jéssica, você é gostosa SIM, é linda SIM, é muito forte SIM e é um exemplo também. Continue sambando na cara desses machistas imundos e sendo uma inspiração para várias mulheres. Amor próprio é tudo, minas! <3

  9. 22
    Guidi Vieira

    Amei encontrar este texto. Cada texto feminista que leio é um pedaço de minha liberdade que vem voltar a mim. E você, linda, livre, gorda, lésbica, corajosa, inteligente, consciente e ativista, negra!, vem com mais força ainda nesta onda tão boa (que não vai passar). Obrigada por ser quem é e por se expressar, dividindo conosco tantas preciosidades.

  10. 23
    Elma Santos

    Sou magra e branca, e jamais postaria uma foto minha nua numa rede social, tenho meu trabalho, meu filho na escola e não gostaria dos meus amigos de trabalho ou os amiguinhos do meu filho vendo minha bunda na internet… é uma opção minha diante do meu estilo de vida… acredito que a partir do momento que você coloca sua foto na rede, sem roupa, independente de ser negra, branca, gorda ou magra, tem que entender que isso tem consequências…Cada um faz o que que, cada um comenta o que quer… cada um posta o que quer… Os comentários ofensivos e chulos são completamente desnecessários, ridículos e preconceituosos, basta andar pela net pra ver que as pessoas são cruéis até com as artistas mais belas… e até a artista tem que entender que se ficar nua na rede social vai atrair esse tipo de coisa…
    Fica nua em casa moça, pro marido, pra namorada, sei lá… mas na rede não vai funcionar… bjs

  11. 24
    Drielle

    ô minha querida,já tinha ouvido falar de sua página pelos textos ótimos que vc escreve,infelizmente esse tipo de gente sempre vai existir,para mim são pessoas frustradas,você emana uma luz que é sua,e isso incomoda quem está na escuridão,só te falo você é um arraso,parabéns pelas fotos,continue sendo esse ser de luz,que você não desmorone jamais,fica com Deus e felicidades,pois Ele está no seu caminho!

  12. 27
    MANDHA

    INTERESSANTE COMO MULHERES EMPODERADAS, AMADAS, INDEPENDENTES, GOSTOSAS, QUE EXPÕE SEM MEDO SUAS OPINIÕES, INCOMODAM ESSE BANDO DE “homens”… inseguros, covardes… ISSO TUDO QUE ACONTECEU É RESPOSTA POSITIVA DO SEU TRABALHO, MINHA GATA!!! MEU RESPEITO E ADMIRAÇÃO!! CONTINUEMOS A LUTA!!!

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