Aceitou o desafio: Jessyca Nobre #desafioartegorda


Hoje eu apresento-lhes Jenny Saville.  Ela é uma pintora inglesa que chegou como destaque no cenário atual da arte. Ela é integrante do
Young Britishi Artists . Enquanto ainda cursava Belas Artes na Glasgow School of Arte, participou logo de uma exposição na Royal College of Art (em 1990). Pouco tempo depois, Saville já estaria viajando para expor sua arte em vários cantos. Quando se mudou pra Nova York, ela passou a observar o trabalho do cirurgião plástico Dr. Barry Martin Weintraub. Fotografando tudo que acontecia nesse cenário médico, ela tomou uma compreensão maior do corpo humano e das várias modificações que nele podem ser feitos a partir das cirurgias estéticas. Com seu foco voltado para o corpo feminino, Saville expressa em suas obras o fascínio pela corporeidade destoante. Várias de suas telas – gigantes, diga-se de passagem- trazem mulheres gordas, corpos enormes e sem rosto, partes distorcidas; há também a revelação das marcas e cicatrizes das cirurgias plásticas. Seu trabalho é no mínimo, desconcertante.  As personagens femininas são dissecadas surgindo um realismo estrambótico que denuncia seus predicados de vítimas, deformadas, corrigidas plasticamente, transformadas por estranhas patologias e automutilações. É um trabalho excepcionalmente pesado, denso, difícil de digerir, mas no entanto, necessário de entrar em contato.

 

As imagens de Jenny Saville instigam a criticidade, incomodam e chamam ao afastamento da zona de conforto das idéias pré-concebidas que o mito da beleza impõe aos olhares e as percepções. Sua obra denuncia os muitos conflitos ocorridos devido a distorção da autoimagem das mulheres, muitas são as autoviolações, as automutilações impostas ao corpo feminino contemporâneo. O corpo feminino idealizado que circula pelas mídias não é natural, então o corpo das mulheres em geral passa a ser o grotesco, o estranho. As pinturas de Jenny Saville abordam este corpo apresentando imagens que não fazem parte do ideal de beleza contemporâneo. Nas imagens de Saville, o corpo se apresenta através de seus aspectos “grotescos”

Achei muito instigante o trabalho de Saville e por isso quis compartilhar com vocês, bem como compartilho agora o trabalho da Jessyca Nobre, que traz seus traços arredondados cheios de alegria e satisfação.

Obrigada, Jéssyca <3  o caminho do empoderamento é justamente esse!

 

By Jessyca Nobre

By Jessyca Nobre

 

Meu nome é Jéssyca. E sempre gostei de desenhar, principalmente desenhar gordinhas livres, leves e soltas se divertindo.

Faço faculdade, e não tenho muito tempo para as coisas. Porém achei muito importante trazer uma humilde arte para compartilhar do mesmo sentimento. Sentimento esse que grita que as mulheres nunca são representadas como elas são. E permanece sempre a sensação de que nunca estamos bem, ou somos bonitas. Eu luto pelo empoderamento feminino! Sem ele, nos tornamos infelizes, acreditamos que a completude do nosso ser dependa de outra pessoa que não seja nós mesmas. Eu torço pela sororidade, e pela fraternidade entre mulheres, lutando contra esses que sempre nos dizem que somos inimigas e que temos que competir entre si! Espero que cada mulher se sinta especial, e linda! Porque todas são! Nós gordas agradecemos o #desafioartegorda de coração!
Se quiserem podem me encontrar em (https://www.facebook.com/jessyca.nobre)
Bjão!