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Meu maior desafio é estar sozinha com meu peso. Meu maior desafio é me sentir completamente livre. 

Por:  Franciele Siqueira 

Sempre fui gorda. Desde que me lembro, tive o corpo maior do que deveria ter e acho que sempre terei. Até hoje, quando vejo o tamanho de uma roupa minha, ou quando vejo meu reflexo no espelho, me surpreendo com o que vejo. Aquilo, não condiz como eu me sinto, como enxergo a mim mesma. Hoje, vivo um processo de aceitação e logicamente, dele, fazem parte muitas perguntas sem respostas. Como eu consigo me achar bonita, se todos acham e dizem o contrário? Por que as pessoas não consideram que eu mereço e posso ser absurdamente feliz apesar do meu peso? Por que sou taxada como ” a gordinha” quando possuo muitas outras características muito mais relevantes, do que esta? 

Acordo e vou dormir todos os dias, com meu peso dando tapas na minha cara, me limitando, me dizendo o que posso fazer ou não. Não consigo admitir isso e será que devo? A marca do peso ideal, fere tão fundo que, qualquer coisa na sua vida é afetada por ela. Vivo uma constante dualidade. Me amo e me odeio todos os dias, várias vezes. Será que levaria a mesma vida se fosse magra? Será que tomaria as mesma decisões? Acho que sabemos a resposta.

Meu maior desafio é estar sozinha com meu peso. Meu maior desafio é me sentir completamente livre.
Obrigada por me ler.  “